Preocupa em Portugal alargamento da central nuclear espanhola de Almaraz

É a segunda vez que Espanha tenta enterrar resíduos radioactivos junto à fronteira portuguesa. A primeira, em 1987, procurava instalar uma lixeira de resíduos nucleares em Aldeadavila, perto da região de Bragança…Trinta anos passados, voltamos à mesma questão como se nada tivesse acontecido, como se a multiplicação e densificação das leis europeias ao longo deste período, que nos regem em tanta coisa, especialmente em matéria ambiental, nada tivessem conseguido.
O que Espanha planeia insere-se numa tendência de alguns países de estender a vida das suas centrais nucleares ou por dependência industrial, como a França, ou por uma monitorização mais politizada e vulnerável ao interesse da indústria, como é o caso de Espanha. Exclui-se quem está em trânsito para uma revolução energética, como a Alemanha, que vai desligar todas as suas centrais nucleares até 2022, ou a Suíça (dois países conhecidos por um maior rigor do controlo de segurança nuclear), ou quem não tem centrais e sempre se manifestou contra, como Portugal (a pequena dimensão do mercado português é também um desincentivo de partida para este negócio).

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