O estranhíssimo caso de Sebastião Pereira - o jornalista-fantasma

Sebastião Pereira, Lisboa”. A assinatura surgiu pela primeira vez no El Mundo no dia 18, às 19.19, num artigo sobre o incêndio de Pedrógão. Durante quatro dias, o mesmo autor publicou vários textos sobre os incêndios, alguns muito críticos para o governo português; chegou mesmo a asseverar, no dia 21, que a carreira política de António Costa “pode acabar devido à desastrosa gestão da tragédia”.



Neste momento, e depois de investirmos algumas horas no assunto, podemos afirmar com segurança que o “jornalista português Sebastião Pereira” não existe, logo:

  1. Ou Sebastião Pereira não é jornalista e, usando o seu nome próprio ou um pseudónimo, enganou um dos maiores jornais espanhóis e a imprensa portuguesa foi de arrasto num enorme logro.
  2. Ou Sebastião Pereira é um jornalista português com carteira (ou carteira de estagiário) que está a usar um pseudónimo para dissimular a sua verdadeira identidade (na consciência, talvez, de que a verdadeira identidade cortaria a corrente mediática que se formou e que deu origem às notícias em Portugal)
  3. Ou o El Mundo está a enganar todos os seus leitores e não contratou nenhum jornalista, estando apenas a reproduzir textos de outros órgãos, criando a assinatura de uma personagem fictícia.

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