Na Educação, Portugal volta a ser um exemplo para a OCDE

OCDE quer que a voz dos estudantes também conte para a definição de um novo sistema educativo e por isso pretende replicar noutros países o que o Ministério da Educação fez em Portugal: ouvir os alunos.
O Ministério da Educação apelidou a iniciativa como “A Voz dos Alunos”. O encontro decorreu em Leiria, em Novembro, e reuniu dezenas de alunos do 1.º ciclo ao ensino secundário, de vários pontos do país. Agora, a OCDE pretende replicar o projecto noutros países e, com esse objectivo, vai promover nesta terça-feira o seu lançamento internacional em Lisboa, durante a sessão de abertura de mais um encontro dos peritos da organização no âmbito do programa Educação 2030. Esse programa tem como objectivo conceber novos currículos escolares de modo a responder a um mundo em constante mudança e à aquisição de competências consideradas indispensáveis “para a formação dos cidadãos do século XXI”.
Este foi também um passo já dado pela Finlândia, que elegeu como ponto de base da sua reforma educativa, iniciada no ano passado, o compromisso de que os alunos serão ouvidos na definição dos currículos, uma premissa que os responsáveis da Educação finlandeses consideram essencial para aumentar a motivação dos estudantes pela escola.
No encontro de Leiria, os estudantes convergiram no retrato da escola que querem ter: mais aulas práticas, mais debates, mais trabalhos de grupo, mais visitas de estudo, possibilidade no secundário de poderem escolher disciplinas em vez de áreas compartimentadas, mais arte, mais cidadania, maior ligação à prática, mais espírito crítico, turmas mais pequenas, professores motivados e que não desistam dos alunos.

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Educação é a área em que Portugal mais usa os fundos europeus: Entre 2007 e o fim do actual quadro comunitário, em 2020, Portugal receberá pouco menos de 30 mil milhões de euros – de três fundos europeus (ver caixa). Os cinco principais projectos, aqueles que mais financiamento obtêm, são todos da área da educação ou formação profissional.
além de Portugal, apenas a Bélgica, a Áustria e a Irlanda têm a educação ou a formação profissional no topo dos seus projectos co-financiados pela UE.

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