ONU diz que pelo menos 240 pessoas morreram afogadas ontem ao largo de Itália

Não há como saber ao certo quantas pessoas morreram afogadas nas primeiras horas da manhã de ontem, quando dois botes insufláveis em mau estado naufragaram pouco depois de terem partido da Líbia em direção à Itália, mas os relatos de alguns dos sobreviventes ouvidos pelas Nações Unidas sugerem que pelo menos 240 pessoas não sobreviveram à passagem pelo Mediterrâneo.

“São muito consistentes”, dizia ontem uma porta-voz do gabinete para os refugiados da ONU. “Falam de dois naufrágios, ambos não muito longe da costa líbia; dizem que os dois barcos estavam em condições muito más. Estavam muitas mulheres grávidas e crianças a bordo e todos passaram horas na água [até serem resgatados]”, comunicou ontem Carlotta Sami ao “Guardian”.

Os dois incidentes aumentam para 4220 o número estimado de mortes no Mediterrâneo só este ano, um recorde absoluto nas contas das Nações Unidas – aproximadamente, este valor significa que todos os dias morrem 11 homens, mulheres e crianças afogadas. E isto apesar de a União Europeia ter negociado com a Turquia um acordo de restrição de movimento que depois de março reduziu substancialmente o número de novas chegadas à Grécia.

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