'O que estão fazendo? Não podem ensinar groenlandês. Essas crianças precisam ser educadas para chegarem ao topo da sociedade. Portanto elas só falarão dinamarquês'."

No lar de crianças, os garotos e garotas queriam reaprender o groenlandês para se comunicar com seus pais de novo. Muitos dos empregados, que falavam o idioma local, começaram a ajudá-los.

“Eram tempos em que os dinamarqueses eram os senhores coloniais da Kalaallit Nunaat / Grønland / Groenlândia. Eram ‘mestres’ no pior sentido da palavra. Eles controlavam tudo e ninguém poderia contradizer um dinamarquês.”

Longe de servir como modelo para o intercâmbio cultural na Kalaallit Nunaat, as crianças terminaram como um pequeno grupo sem raízes e marginalizados na periferia de sua própria sociedade. Vários deles se tornaram alcoólatras e morreram jovens.

“Alguns deles se tornaram mendigos, outros simplesmente ficaram marcados para sempre. Perderam sua identidade e a capacidade de falar sua língua materna e, com isso, perderam seu propósito de vida”, disse Helene.

O Partido Democrata Social dinamarquês, então oposição, pediu uma investigação independente. Mas logo que eles assumiram o governo em 2011, reinou o silêncio sobre o tema. Helene disse que a experiência teve alguns resultados positivos.

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