O espaço do discurso. (Carlos C. Varela)

…A carência destes espaços de segurança, de elaboração e difusão da cultura disidente, deixa as suas gentes à mercê dos discursos hegemónicos, sem poder-se defender mais do que com recursos tácticos, e sempre respeitando as regras do jogo do inimigo; por exemplo: o tabu independentista, que obriga sempre o soberanismo a pedir desculpas continuamente pola sua existência e a fazer promesas de não levar os seus razoamentos até o final. …Chegar a esta reflexão foi, com certeza, o mais importante que fijo o independentismo na última década, pondo-se mãos à obra desde então e demonstrando, com uns recursos mui escasos, que é perfeitamente possível manter centros sociais que sejam o motor cultural das suas comarcas, abrir escolas que garantam a supervivencia do galego nas ciudades, fundar cooperativas que instauram novas relações laborais, etc. Quanto se poderia avançar contando com mais mãos!

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