Keynes, os seus netos e os estivadores

Em 1931, apesar dos sinais daquela que viria a ser conhecida como A Grande Depressão, Keynes escreveu um artigo otimista chamado “Possibilidades económicas para os nosso netos”. Nele discutia como, lá para 2030, a sociedade teria produzido riqueza suficiente para o trabalho, reduzido a 15h semanais, se tornar uma questão de realização pessoal. A Humanidade - livre da obsessão pela acumulação - reaprenderia a viver em função do prazer e da cultura.

Keynes estava certo numa coisa: a riqueza e os níveis de vida aumentaram. Estava errado noutra: a acumulação de riqueza não foi distribuída pela sociedade, concentrou-se, em parte à custa de novas formas de exploração do trabalho. Keynes não contava com a precariedade.

No Porto de Lisboa havia um grupo de trabalhadores com direitos e salários apropriados para um trabalho que ainda é muito duro. Conseguiram mantê-los porque estavam unidos numa única empresa, sob um contrato coletivo de trabalho. Em 2013, criou-se uma lei que permitia que, ao lado deste contrato, pudessem florescer outras empresas, com liberdade para contratar quem quisessem, independentemente das qualificações, independentemente do preço. Diziam que o objetivo era deixar entrar mais trabalhadores, e tirar aos já existentes o poder de evitar a sua entrada. Mas é mentira. O objetivo era fazer em Lisboa o mesmo que já acontece, por exemplo, em Leixões, onde estivadores trabalham 16h por 750euro mês, com contratos anuais. O objetivo era contratar gente ao dia, para fazer concorrência aos que lá trabalhavam com direitos.

3 gústame

Non se poden manter por sempre os dereitos e logo ir mercar con ises cartos ao Pingo Doce. É por iso que se deteriora tudo, é por iso polo que ningún sindicato de clase é tal, por ser un lobby. Os dereitos, ou son universais, ou son privilexios.

1 gústame

Por qué non acadamos aínda o “tecnocemento”, a liberación do traballo smithiano, ?

Por exemplo:

1 gústame

> . Es preciso que sepas qué contratos tienes en la farmacia, pero también qué nóminas pagas.

> Estamos viendo en el despacho muchas nóminas que encierran grandes problemas futuros, por ejemplo para transmisiones o momentos de “vacas flacas”. Unas nóminas mal planteadas impiden mejorar la gestión laboral.

http://farmaciayderecho.com/2016/05/28/5-claves-mejorar-la-gestion-laboral-farmacia/#utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=5-claves-mejorar-la-gestion-laboral-farmacia