Fio de análise sobre o fracaso da esquerda nas eleiçons do 25S

Eu não disse que a esquerda nacional galega tivesse a culpa da inexistencia dum centro-direita (sou contrário a esse tipo de etiquetas) nacional galego. Só disse que enquanto não se criar esse centro direita nacional galego estaremos dando voltas a uma roda sem sair dela.

No resto discordo absolutamente, a consciencia nacional da sociedade galega está aí perfeitamente forte e latente, hoje canalizada eleitoralmente cara o PPdG a falta duma cousa melhor…

Eu não disse que você diz o que você di que não diz.
A sociedade galega tem uma conciência nacional bem engraçada: Eles votam em quem destroi sua nação (PP e PSOE) em troca de votar em quem pode encaminhar projectos de futuro para sua nação.
Veja. Seus apelos. em seus principios 1 e 2 vão direitos para o nacionalismo de esquerda… É o nacionalismo de esquerda quem tem que deixar, segundo propõe, a estreleira. O que não é nacionalismo de esquerda já nunca levou a estrela na bandeira. É o nacionalismo (de esquerda, o único relevantemente existente) quem tem de deitar o nacionalismo para ser “nacional”.
Mas acho que não é ao nacionalismo a quem tem de apelar quem quer uma alternativa nacional de direita ou centro-direita. (O de “nem de esquerdas, nem de direitas” me trai maus recordos).
A quem tem de apelar é precisamente ao eleitorado do PP (e em menos ao do PSOE).
Onde governam partidos ou pessoas “nacionais”? Onde foram quem de “heredar” ao PP (Lalim, Tui…) Não governam em Alhariz, em Pontevedra ou em Ferrol.
Mas para apelar ao eleitorado do PP há que “baixar” da cátedra e do escritório e falar com gandeiros, patrões de pesca, autónomos de oficios, construtores e outros pequenos e medianos empresários e fazer-lhes ver que entre comer das migalhas e das subvenções de Espanha e asaltar o paço para alcançar a república socialista da Galiza há outra vía (que recolhe muitos dos principios que você indica).
Lembro uma conversa que teve há anos com um concelheiro do PP, gandeiro, falando das políticas rurais aplicadas pelo estado espanhol e a xunta de galicia. Tras mais de duas horas dándo-lhe voltas chegamos (e não porque o levara eu, senão os fatos) á conclusão de que a única viabilidade para o nosso é que seja nosso e o governemos nós: a independência.

Reitero o dito: “Enquanto não exisitir na Galiza um Partido Nacional transversal potente a concorrer directamente polo eleitorado target do PPdG a gente continuará a lamentar-se de obter os mesmos resultados de sempre e o espanholismo continuará a mandar”

Debates filosóficos ou sobre quem tem a culpa ou deixa de ter não me interessam…

1 gústame

Pois a mim dá-me mágoa o futuro da gente que ainda mora na GZ. Eu lá vejo dúas alternativas: trabalhar na administraçom pública ou trabalhar em “B”. E um país no que a populaçao ativa é menos do 50% nom há por onde soste-lo.

Se a Galiza tem a melhor balança comercial do Estado espanhol (por cima de Catalunha e o Pais Basco). Ao nivel da Alemanha quanto a exportações como % do PIB. Desculpa Peeler mas desconheces a potencia da economia galega… Falemos de indicadores estatísticos, não de experiencias particulares…

Aquí o indicador:

http://www.ige.eu/estatico/estat.jsp?ruta=html/gl/OperacionsConxunturais/EPA.html

No segundo trimestre de 2016 a poboación galega de 16 ou máis anos situouse en 2.349.500 persoas, das cales 1.256.900 clasifícanse como activas, o que sitúa a taxa de actividade no 53,5%.

O que traducido vén dizindo: que apenas há umhas 200.000 pessoas menores de 16 anos na GZ, e que das maiores, apenas umha de cada dúas está em disposiçom de trabalhar. E dessas pouco máis dum milhom está trabalhando.

Pib per cápita, pouco máis de 20.000 euros, 10.000 menos que Euskal Herria ou Mandril. Claro que, sendo umha colónia, sempre podemos alegar que a riqueza se vai para fóra. Mais eu riqueza nom vejo por nengumha parte.

2 gústame

Ah, e logho no centro da Europa a população nao está envelhecida? O único que compensa um pouco por lá é a imigração que na Galiza não se dá tanto…

Quanto a PIB/per capita de Madrid (Pais Basco tb aínda que em menor medida) é todo falso, fumo… Baseia-se no efeito sede das empresas e nos 70.000 funcionarios da administração do Estado que lá trabalham (na Galiza 10.000). Compara as balanças comerciais, Verás que Madrid não produz absolutamente nada:

não sinta, que tamos felizes :slight_smile:

1 gústame