España “compra 95% do porco português de montanheira para transformação em presunto

Com efeito, as grandes superfícies comerciais, a restauração e a indústria de charcutaria foram “invadidas” com produto espanhol, com a indicação de que se tratava de “porco preto” mas não existia regulamentação que garantisse esta designação. Pedro Bento dia que, por isso, a carne de porco alentejano foi “praticamente arredada do mercado nacional”.

Para além de os custos de produção serem mais elevados do que em España, subsiste ainda outra questão de fundo: criar um porco preto alentejano com a matriz genealógica que o caracteriza (50% porco Alentejo puro e 50% de uma outra espécie de porco chamada 505 Duroc) demora no mínimo um ano. Os espanhóis fabricam o seu porco ibérico em 7-8 meses. O suíno - que em Espanña é baptizado de porco ibérico – em Portugal é baptizado de porco preto alentejano, quando na realidade não obedece aos mesmos critérios a que os criadores nacionais são obrigados, prossegue o responsável da ANCPA.

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